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Solicitação Judicial de Medicamentos para Pacientes com TEA

    Imagem demontras uma mão segurando vários medicamentos, representando, junto ao escrito pessoas com TEA que tiveram medicamentos negados pelo seu plano de saúde ou SUS para seu tratamento.

    O que você precisa saber para garantir o tratamento certo no momento certo

    Para quem convive com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), cada detalhe no cuidado importa. Muitas vezes, o avanço no tratamento depende de medicamentos específicos que fazem diferença no comportamento, no sono, na atenção, no desenvolvimento cognitivo e na qualidade de vida do paciente e da família. A grande frustração, infelizmente, começa quando esses medicamentos são negados pelo SUS ou pelos planos de saúde, mesmo diante de uma prescrição médica clara e fundamentada.

    É nessa hora que o Direito da Saúde se torna um importante aliado. Nosso ordenamento jurídico garante o acesso universal e igualitário à saúde, e isso inclui o fornecimento de medicamentos essenciais para o tratamento de pessoas com TEA. Quando esse direito é negado, é possível buscar a Justiça (e, em muitos casos, com urgência) por meio de liminares que obrigam o fornecimento imediato do medicamento prescrito.

    A negativa costuma vir acompanhada de justificativas como “medicamento não consta no rol da ANS”, “não é padronizado pelo SUS”, “Alternativa terapêutica similar disponível”  ou “a substância está em uso experimental”. Mas nenhuma dessas razões é suficiente para impedir o fornecimento quando o tratamento está clinicamente indicado. A jurisprudência atual já consolidou que a prescrição médica fundamentada tem prioridade sobre listas padronizadas, e que cabe ao profissional de saúde avaliar, caso a caso, o que é mais eficaz para o paciente.

    Medicações como Risperidona, Aripiprazol, Canabidiol (CBD), Melatonina e até fórmulas nutricionais personalizadas estão entre os itens mais frequentemente negados — e também entre os mais frequentemente garantidos judicialmente, desde que a solicitação venha acompanhada dos documentos corretos. Para isso, é essencial apresentar a prescrição médica atualizada, laudo clínico justificando a escolha terapêutica, evolução do quadro do paciente, negativa formal do plano ou do SUS, orçamento e, em casos mais complexos, parecer técnico e artigos científicos.

    Como obter sua liminar para solicitação de medicamentos?

    A liminar é decisiva para evitar danos irreversíveis ao desenvolvimento neuropsicomotor.

    A. Tenha sempre uma documentação imbatível
    • Laudo médico detalhado: Descrevendo CID-10, comorbidades, histórico de tratamentos fracassados e resposta específica ao medicamento pleiteado;
    • Relatório de equipe multidisciplinar: Psicólogo + fonoaudiólogo + terapeuta ocupacional atestando a necessidade.
    B. Técnicas de Petição Inicial

    Sua equipe jurídica ira tratar dos trâmites referentes à distribuição do pedido ao judiciário.

    C. Estratégias Pós-Concessão
    • Execução imediata: Acompanhamento diário do cumprimento pela secretaria de saúde/operadora;
    • Ação de cobrança de custos: Se a família arcar com medicamentos durante o processo.

    Erros Fatais que Podem Arruinar sua Ação

    • Automedicação relatada no prontuário: Operadoras usam isso para alegar “ausência de necessidade médica”;
    • Laudos genéricos: Frases como “paciente se beneficiaria do medicamento” são insuficientes;
    • Atraso na judicialização: Muitos buscam ajuda jurídica só após 2ª negativa – o que compromete a urgência.

    Experiência e Solidez

    No escritório Caldonazo Advocacia, atuamos há anos com ações específicas na área da saúde e temos experiência consolidada em judicializações envolvendo pacientes com TEA. Nossa equipe jurídica conta com o suporte técnico necessário para estruturar pedidos de liminar com agilidade, consistência e segurança jurídica. Cada caso é tratado com o cuidado que merece — tanto do ponto de vista legal quanto humano. Sabemos que quando se trata de saúde e neurodesenvolvimento, o tempo é um fator decisivo. Por isso, priorizamos estratégias eficazes e ações bem fundamentadas, que possam gerar decisões rápidas e sustentáveis.

    Um dos pontos que tranquiliza muitas famílias é saber que o processo pode ser acessado mesmo por quem não tem condições financeiras de arcar com os custos. É possível solicitar justiça gratuita, o que elimina o pagamento de custas judiciais e, em muitos casos, de honorários periciais. Além disso, garantimos um atendimento humanizado e acolhedor, com comunicação clara, suporte durante toda a tramitação e foco total no resultado: o fornecimento do tratamento necessário ao paciente.

    Se você é pai, mãe ou responsável por uma pessoa com TEA e está enfrentando obstáculos para obter medicamentos importantes ao tratamento, não aceite a negativa como resposta final. A saúde é um direito constitucional. E quando esse direito é violado, a Justiça pode — e deve — atuar para restaurá-lo com urgência.

    Lembre-se: o acesso a tratamentos não é esmola – é direito constitucional (Art. 196, CF/88).

    Ter uma assessoria jurídica especializada é essencial para te proteger nos momentos cruciais que podem custar, infelizmente, sua carreira!
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